Stefan Zweig: uma Biografia Dominique Bona

Trajetória surpreendente Se vivesse hoje, Stefan Zweig novamente se afligiria ao ver a ascensão da extrema direita em sua Áustria natal. Depois de desfrutar a atmosfera cosmopolita e heterogênea de seu país no início deste século, Zweig optou pelo exílio permanente logo que as trevas do nazismo começaram a se manifestar. Talvez o maior escritor de sua geração, Zweig ganhou em 1996 uma biografia escrita pela francesa Dominique Bona, lançada recentemente no Brasil pela Editora Record, que também está publicando algumas das obras mais importantes do autor. "Stefan Zweig - Uma Biografia" é lançamento oportuno inclusive para a nova geração de leitores brasileiros que, por meio do texto acessível de Bona, poderá conhecer a vida e a época do escritor. Personagem de uma Europa em ebulição, Zweig compartilhou manifestações éticas e estéticas fundamentais, convivendo com algumas das personalidades mais proeminentes deste século -- entre outras Sigmund Freud, Paul Valéry, Arturo Toscanini e James Joyce. "O mundo inteiro é minha pátria. Sinto que não poderei morrer sem ter conhecido toda a terra", escreveu Zweig para uma amiga, em 1909. Tais afirmações revelam não só a curiosidade insaciável como também a obstinação do escritor pelas viagens. Depois de se deslocar do Ceilão às Antilhas, ele chegou a seu destino final -- o Brasil, onde selou uma trajetória tão fascinante, misteriosa e surpreendente quanto a de seus personagens. Embora pouco profunda na fase brasileira do autor -- que se suicidou em Petrópolis em 1942, junto com sua secretária e segunda mulher, Lotte Altmann -- a biografia de Bona proporciona uma leitura envolvente (quase inevitável, em se tratando de Zweig), além de compor um roteiro fundamental para aqueles que querem penetrar no requintado universo do escritor austríaco.-Ana Francisca Ponzio

1999 Edição: 1

Número de páginas: 374

Acabamento: Brochura

Formato: Médio