Goethe e Pessoa

Goethes Faust ist Sinnbild für die menschliche Anmaßung, von der Unsterblichkeit zu träumen. Jedoch: Ist dieser Traum der menschlichen Natur nicht auch angemessen? Sitzt der Mensch, als unheilbarer Logo- und Egozentriker, nicht gleichsam dort, wo er nüchtern und rational die Welt ausmisst, einem Trug auf? Träumt er nicht nur, die Welt zu beherrschen? Fernando Pessoa ist diesem Verdacht ebenso nachgegangen wie Goethe. Christopher D. Auretta, Nuno Felix da Costa, Holger Brohm und Anabela Mendes untersuchen in ihren Aufsätzen Pessoas Auseinandersetzung mit Goethes Faust und dem Traum von der Unsterblichkeit: - Moderne Poetik und die Metaphysik der Technologie (portugiesisch) - Poesie und Persönlichkeit bei Pessoa / Die Beschäftigung mit der Unsterblichkeit (portugiesisch) - Der Traum des Doktor Faustus (deutsch) - Faustend. Von der menschlichen Maßlosigkeit zur menschlichen Ungewißheit (portugiesisch) Neste volume reúnem-se as reflexões de quatro investigadores em torno da contemporaneidade da figura de Fausto em Goethe e Pessoa. Os ensaios tematizam abordagens diversas sobre a matéria fáustica, havendo a preocupação de destacar, no primeiro ensaio, as reminiscências fáusticas patentes na obra poética do engenheiro Álvaro de Campos bem como situar o drama fáustico de Pessoa no contexto maior do seu projecto heteronímico. No segundo ensaio, a personagem de Fausto em Fernando Pessoa é aproximada dos mecanismos obsessivos da personalidade do poeta, à luz dos quais são reinterpretados alguns aspectos da sua obra. O terceiro contributo contempla uma reflexão sobre a estética do onírico em Goethe e Pessoa a partir de transformações históricas da concepção do sonho ao longo dos séculos XVIII e XIX, ilustrando o drama fáustico, em ambos os autores, a temática e questões operativas da subjectividade. O último ensaio questiona a relação do mito fáustico com a contemporaneidade, introduzindo, como estudos de caso, nos contextos pessoano e goetheano, obras de Mark Ravenhill, "Faust (Faust is dead)" e " Doutor Fausto" de António Vieira. A relação entre mito, história, literatura, teatro e representação baseia-se na simultaneidade de uma concepção evolutiva e disruptiva. O ensaio prolonga-se numa "collage" apresentada publicamente sobre a questão do conhecimento nos Faustos de Goethe e Pessoa.